A Diversidade expressa no Bioma Pampa: Um Grito de Luta!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Polinização: os cactos e as abelhas indígenas sem ferrão

Flor de Parodia mammulosa, Serra do Sudeste.

    
      Os cactos encontrados no sul do Brasil são visitados por diferentes espécies de abelhas, mas a efetividade de sua polinização muitas vezes apenas pode ser garantida por aquelas especializadas em suas flores.
     Espécies de cactos dos gêneros Echinopsis, Frailea, Gymnocalycium, Parodia (Notocactus) e Opuntia  são visitadas por cerca de 60 espécies de abelhas em uma determinada região da Serra do Sudeste, porção sul do RS, Brasil, que possui endemismos em Cactaceae (Schlindwein, 1995).
       Somente para o gênero Parodia foram registradas em torno de 35 espécies de abelhas (Schlindwein & Wittmann, 1995):
 
Andrenidae Anthophoridae Apidae Collectidae Hallictidae Megachilidae
Acamptopoeum Ancyloscelis Apis Cephalocolletes Augochlora        (4 spp.) Lithurgus
Anthrenoides (2spp.) Ceratina         (6 spp.) Plebeia    (2 spp.) Sarocolletes Augochloropis     (2 spp) Megachile
Arhysosage Lanthanomelissa Trigona
Dialictus         (2 spp.)
Callonychium Ptillothrix



Panurgilis Tapinotaspis



Psaenythia       (3 spp)





    
     Entretanto, plantas dos gêneros Parodia (Notocactus) e Gymnocalycium possuem uma estreita relação com abelhas solitárias especializadas, tais como Arhysosage cactorum (Andrenidae), Sarocolletis rugata (Colletidae) e Ancyloscelis fiebrigi (Anthophoridae).
     Essas abelhas oligoléticas, apesar da rápida floração dos cactos, encontram nessas suculentas uma boa fonte de recursos como néctar e pólen, além de um lugar de encontro para cópula ,entre outras atividades.
     Tanto os cactos como as abelhas indígenas sem ferrão tem uma série de características que os tornam vulneráveis quanto aos processos ecológicos que os mantêm. Logo, dependendo dos distúrbios que estejamos causando através das atividades que sustentam nosso modo de vida em sociedade, podemos estar influenciando na manutenção da diversidade funcional dos ecossistemas que reúnem esses organismos típicos do pampa.

Um comentário:

  1. MEUS PARABÉNS PELO BLOG, É FANTÁSTICO, NUNCA HAVIA VISTO NADA SENDO DIVULGADO COMO POSSO DIZER... INFORMALMENTE PELA INTERNET À RESPEITO DA DIVERSIDADE DOS PAMPAS! UM BIOMA FASCINANTE COMO ESSE COM CERTEZA DEVE SER TRATADO COM SERIDADE.

    TENHO UM BLOG SOBRE BIODIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA, CASO QUEIRA VER É WWW.BIOCATARINENSE.BLOGSPOT.COM.BR

    ABRAÇO,
    LUÍS

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